No dia 26 de junho foi realizada a segunda reunião do Conselho Consultivo da APA Delta do Parnaíba, no ano de 2012. Neste conselho, a Comissão Ilha Ativa participa como suplente na vaga de organizações não governamentais. O encontro aconteceu no auditório do Hotel Delta, e contou com cerca de 50% dos conselheiros, o que se configura como fato negativo para a efetivação das propostas e discussões realizadas neste espaço, principalmente pela falta de representação dos gestores públicos municipais, sendo que apenas duas prefeituras das onze que fazem parte da APA estavam representadas.
Na programação houve a apresentação de duas atividades realizadas pela CIA: o Projeto Tartarugas do Delta e o Projeto Gestão da Pesca; sendo o segundo, realizado em parceria com o ICMBio e apresentado pela Patrícia Claro, da mesma instituição. A apresentação dos projetos objetiva informar os conselheiros a respeito das ações atualmente em execução dentro da APA e que contribuem de acordo com os anseios do Conselho, promovem ainda, a discussão de ideias e possibilidades destas ações serem replicadas em outros pontos da APA.
Outra ação apresentada e de grande importância para a APA e comunidades, foi realizada pelo associado da CIA, Flávio Crespo, consultor do projeto Manguezais do Brasil, que discorreu sobre as atividades e articulações realizadas neste último ano e meio, destacando o trabalho desenvolvido no Grupo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Agroecologia Cajuí, da UESPI, nos diversos finais de semanas agroecológicos, onde dialogam com os conhecimentos das comunidades sobre ações que podem ser realizadas, com enfoque agrícola e que são menos prejudiciais ao meio ambiente e ao seres vivos – uma agricultura sustentável.
O ponto de maior participação se deu no momento da discussão do Plano de Ação do Conselho, que possui três grupos principais: grupo do lixo, grupo queimadas e grupo comunicação.
Em relação ao lixo é onde encontramos os maiores problemas, principalmente pela falta de iniciativa, comunicação, participação e conhecimento técnico dos gestores municipais, pois o principal problema hoje é a não existência de um aterro sanitário na região. O grupo Queimadas foca muito no período de plantio, pois o fogo é comumente empregado para “limpeza” da área de plantio, e para isso ficou reforçado junto aos sindicatos rurais a participação no II Seminário Piauiense de Agroecologia, que será realizado em Esperantina, de 16 a 19 de agosto, onde encontrarão alternativas para evitar o uso do fogo e quem sabe produzir, mesmo em períodos de seca, como ocorre com alguns agricultores que possuem práticas agroecológicas em seu sistema agrário. O grupo comunicação é o de maior problemática, pois o objetivo neste período foi de informar sobre a existência da APA, mas os conselheiros colocaram a dificuldade de explicar sobre o que é a APA, principalmente quando tem aspectos técnicos, para isso solicitaram que o pessoal do ICMBio visitem as comunidades ajudando a informá-las, o que ficou de ser construído a agenda de visitas pelo ICMBio.
Além disso, houveram diversos informes sendo os principais o licenciamento da Usina Eólica Pedra do Sal, mas com indicação de que se houverem novos pedidos estes sejam colocados nos tabuleiros, assim longe da linha de praia; a gestão estratégica do ICMBio que será muito difícil de ser atingida devido aos indicadores criados, por exemplo, participação de 70% dos conselheiros da APA Delta do Parnaíba; e finalizando informaram sobre a continuação da instrução normativa sobre o transporte de caranguejo que ainda está sendo discutida e que pode vir a ser implementada.
Fonte/comissaoilhaativa.org.br
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