Delta do Parnaíba |
A Advocacia-Geral da União (AGU) garante atividades de extrativistas no Delta do Parnaíba. Os procudores esclarecem que as atividades giram em torno da pesca, artesanato e cata ao caranguejo.
Por meio de uma ação judicial, a AGU garantiu a continuidade da realização de atividades extrativistas pela comunidade que vive no Delta do Rio Parnaíba, entre os estados do Piauí e do Maranhão. Na ação, os procuradores esclareceram que as atividades produtivas pelas populações tradicionais da Reserva Extrativista giram em torno da pesca, da cata do caranguejo, e principalmente do artesanato. Em decorrência disso, as obras na área são permitidas pela legislação.
Na ação, os extrativistas explicaram que, além de necessária a exploração dos imóveis pelas famílias que deles necessitam para sobreviver, a área está inserida na Reserva Extrativista Marinha do Delta do Parnaíba, criada regularmente pelo Decreto Presidencial, portanto, propriedade da União. Os procuradores esclareceram que jamais a área foi de propriedade particular, não possuindo os autores das ações nenhum direito sobre a área.
De acordo com a AGU, o relator convocado no TRF1 concordou com os argumentos da AGU e suspendeu a decisão da primeira instância, garantindo as atividades extrativistas fiscalizadas pelo ICMBio. Na sua decisão o relator destacou que "eventuais 'obras' na área, são possíveis e inclusive, naturais, pela própria finalidade da unidade, que é a conservação e não a preservação dos recursos naturais".
Situado entre os estados brasileiros do Piauí e do Maranhão, o Delta do Rio Parnaíba é o único das Américas e um dos únicos do mundo em mar aberto. A Reserva Extrativista desse delta, com área de 27.021 hectares, constitui uma das espécies de unidade de conservação.
Jornal da Parnaíba | Fonte: Portal O Dia
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