sexta-feira, 13 de maio de 2011

Tartaruga gigante é encontrada na praia da Pedra do Sal

Projeto Tartarugas do Delta e tartaruga de couro na Pedra do Sal.
Na madrugada desta sexta-feira (13), por volta das 4h uma tartaruga de couro foi flagrada, realizando comportamento de desova na praia da Pedra do Sal, em frente a área de praia da Usina Eólica, em Parnaíba no litoral do Piauí.
Segundo os biólogos do Projeto Tartarugas do Delta, a tartaruga não possuía nenhuma marcação em anilhas, isso significa que ainda não foi monitorada por nenhum trabalho voltado para esta espécie. O animal apresentou 1,60m de comprimento, com uma largura de rastro de 2,40 m.
"Essa espécie pode atingir até 2 metros de comprimento e pesar de 500 a 900 kg", revela a coordenadora técnica do projeto Werlanne Santana. O biólogo Mário Neto ressalta que o Projeto Tartarugas do Delta monitora desde 2007 o período reprodutivo de tartarugas marinhas nesta área, entre os meses de dezembro a julho.
Informações sobre a desova de tartaruga de couro:
Dentre todas as espécies de tartaruga marinha, a tartaruga gigante-de-couro (Dermochelys coriacea) apresenta grande distribuição geográfica, porém as suas desovas são restritas às áreas tropicais e subtropicais. No Brasil, o Estado do Espírito Santo é o único local em que ocorrem desovas anuais regulares, sendo observadas desovas aleatórias em outros trechos do litoral brasileiro.
Entretanto, ao longo do trabalho, realizado pelo Projeto Tartarugas do Delta, pertecente a ONG - Comissão Ilha Ativa que tem patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental, a partir de 2007, confirma-se a  presença da tartaruga de couro em todas as temporadas reprodutivas, sendo esta, a espécie mais ameaçada de extinção no Brasil.
Ações do projeto: levantamento de dados sobre o comportamento reprodutivo das tartarugas marinha no litoral piauiense.
Os monitoramentos normalmente são realizados durante o dia e a noite, através de caminhadas na praia. Entretanto, para conseguir monitorar os 20 km de praia (Pedra do Sal), fazemos alguns trechos com veículos na proposta de registrar dados de encalhe (animais encontrados na praia mortos ou desmaiados) e dados do comportamento reprodutivo. A coleta dos dados do comportamento reprodutivo e realizada principalmente no período noturno. Esse comportamento é seguido de algumas etapas como: subida da fêmea as praias, preparação da cama e a liberação dos ovos na cova (buraco cavado na areia).
Quando a fêmea libera os ovos, podemos dizer que houve desova confirmada, entretanto, existem situações onde a fêmea sai do mar, circula na praia deixando seus rastros e não consegue desovar. Isso pode ocorrer devido a alguns fatores antrópicos (interferência do homem) como a iluminação artificial, tráfego de veículos e ocupação desordenada nas áreas de desova. Os monitoramentos nessas áreas contribuem com a redução de impactos que colocam em risco, a sobrevivências das tartarugas marinhas.
Fonte/proparnaiba.com

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