Foto: Divulgação/ Governo do Estado |
O Diabetes Mellitus, popularmente conhecida como diabetes, é uma doença metabólica caracterizada por altos índices de glicose no sangue devido a uma disfunção na secreção da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e responsável por controlar a quantidade de glicose no nosso sangue.
Quando a insulina é incapaz de desempenhar esse controle, estabelece-se um quadro de hiperglicemia crônica (excesso de açúcar no sangue), que pode resultar em diversos problemas para a saúde.
Dados da Sesa mostram que a enfermidade gerou no Espírito Santo 1.814 internações em 2008; 2.200 em 2009; e 1.546 de janeiro a agosto de 2010. Nos últimos seis anos, o número de óbitos passou de 797, em 2005, para 928 em 2009.
Ocorrência
Um estudo divulgado em 2009 pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, que traçou o perfil da doença no País, mostra que o diabetes atinge 11% dos brasileiros, sendo que 500 novos casos aparecem a cada dia.
O mais comum é o tipo 2 da doença, que se manifesta principalmente em pessoas na faixa etária em torno de 40 anos e com antecedente familiar. Fatores de risco como o sobrepeso e obesidade (com destaque para a obesidade central, a famosa “barriguinha”), a falta da prática de exercício físico (sedentarismo) e a alimentação inadequada podem contribuir para o seu aparecimento.
Crianças
Já o tipo 1 surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas uma quantidade muito pequena). Quando isso acontece, é preciso tomar insulina para viver e se manter saudável. O tipo 1 costuma se manifestar na infância e adolescência.
A médica endocrinologista da Sesa, Sabrina Ribeiro França, explica que, apesar de o tipo 2 ser mais comum em adultos, cada vez mais crianças têm sido diagnosticadas com a doença devido ao crescimento da obesidade infantil.
Detecção
Para se detectar a doença, a recomendação dos profissionais da saúde é que os indivíduos com mais de 40 anos de idade ou mais jovens, e com fatores de risco, façam o rastreamento.
Para isso, são utilizados dois métodos. Um deles é a glicemia capilar (gota de sangue retirada da ponta do dedo), um exame mais simples, de fácil execução e baixo custo, que pode ser usado como preliminar, pois já indica a presença da doença. O diagnóstico preciso, no entanto, é confirmado por meio do exame de glicemia sérica (sangue). Ambos os testes são ofertados nas unidades básicas de saúde dos municípios.
O tratamento do diabetes tipo 2 é feito com medicamentos orais e, quando necessário, combinado com insulina. Além disso, destaca Sabrina, é fundamental a mudança no estilo de vida, que inclui prática de exercícios físicos regularmente e dieta balanceada. “Deve-se eliminar o consumo de açúcar, substituindo-o por edulcorantes (adoçantes) artificiais, quando necessário, e ter moderação no consumo de carboidratos e gordura saturadas”, ressalta a médica.
Aproximadamente 80% dos casos de diabetes são resolvidos na atenção básica, que também disponibiliza medicamentos para o seu tratamento, como a insulina e os comprimidos hipoglicemiantes. Hoje, a maioria das unidades municipais de saúde já conta com aparelhos de monitorização glicêmica (glicosímetros) para o autocontrole da doença, o que é fundamental no tratamento.
A endocrinologista explica que uma das peculiaridades do diabetes tipo 2 é a existência de uma fase que o precede, denominada de “pré-diabetes”. Nesta fase, o pâncreas mantém sua capacidade de secreção de insulina. No entanto, por inúmeros motivos (tendência genética, obesidade, sedentarismo e outros) existe uma alteração na ação deste hormônio, que gera dificuldade de absorção da glicose pelas células. É a chamada resistência insulínica.
Na fase de pré-diabetes, o organismo consegue manter níveis de glicose no sangue ainda dentro de uma faixa aceitável, porém, com o passar do tempo, o pâncreas vai entrando em falência progressiva, com a deterioração das células produtoras de insulina, resultando em elevação da glicemia e diabetes.
Complicações
Se não for cuidada, a doença pode provocar complicações micro e macrovasculares para o organismo, podendo causar cegueira (retinopatia diabética), insuficiência renal e até mesmo necessidade de diálise (nefropatia diabética), perda da sensibilidade, principalmente dos membros inferiores (neuropatia diabética) e, o mais importante, problemas cardiovasculares, como infarto, derrame e trombose, que atualmente é considerada a principal causa de mortalidade em pessoas diabéticas.
Sabrina chama a atenção ainda para o perigo da síndrome metabólica, que é a presença do diabetes associado com pressão alta e dislipidemia (aumento de colesterol e triglicerídeos), que representa mais riscos para a saúde.
Sintomas do diabetes:
- sede intensa
- vontade freqüente de urinar
- fome inexplicável
- cansaço
- tonturas
- perda de peso repentina
-dificuldade de cicatrização de ferimentos
-pele seca
-formigamento nos pés
- visão borrada
- vontade freqüente de urinar
- fome inexplicável
- cansaço
- tonturas
- perda de peso repentina
-dificuldade de cicatrização de ferimentos
-pele seca
-formigamento nos pés
- visão borrada
Obs: No diabetes tipo 1, esses sinais são mais abruptos, o que pode facilitar o diagnóstico. Entretanto, quando se fala em diabetes tipo 2, os sintomas podem ficar muito tempo sem se manifestar o que, consequentemente, torna seu diagnóstico mais difícil.
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