quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Grupo de cearenses se encanta com o litoral piauiense

Pousadas em Barra Grande no Cajueiro da Praia-PI
O Piauí tem o menor litoral do Brasil: são apenas 66 quilômetros. Apesar da pequena faixa de costa, o que não faltam são belezas para serem apreciadas.

O Delta do Parnaíba, unico das Américas em mar aberto ocupa uma área de 2.700 km e é composto por mais de 70 ilhas com praias de areias branquinhas, água morna, mar calmo ou bravo, vegetação nativa exuberante e barqueiros locais, que garantem passeios por bons preços.

O turista que visita a costa piauiense pode fazer sua base no município de Parnaíba, considerada o Portão de entrada para o Delta do Parnaíba e fica a 330 quilômetros de Teresina, e, a partir dela, desbravar a região. Na cidade, há diversas pousadas e hotéis prontos para receber os turistas que procuram paz e sossego.

Ciceroneados pelos casais Joazinho e Reziane, Hernestino Junior e Fernanda residentes em Parnaíba, levaram nosso grupo que era formado por dois casais de empresários vindos de Fortaleza: Balreis e Darklene, Flávio e Greice, além desse blogueiro e esposa (José Wilson e Darklise) para Barra Grande no Cajueiro da Praia. Chegamos ao entardecer, ainda a tempo de ver o pôr-do-sol da Praia de Barra Grande, uma das mais concorridas do Piauí, defendido por piauienses como um dos mais bonitos do Nordeste. Ali encontramos dezenas de pousadas com uma boa estrutura onde o turista pode se deliciar com os diversos pratos feitos de frutos do mar. Nosso grupo ficou hospedado em uma casa particular e como já era noite, o grupo decidiu ficar em casa para somente no dia seguinte explorar o local.

Kitesurf na Pousada BGK - Barra Grande Kite Camp

Por conta da forte brisa marinha, que atinge toda a costa do estado e ajuda a suportar o notório calor piauiense, outro atrativo são os campeonatos de kitesurf, que ocorrem no litoral piauiense. Em frente a pousada BGK – Barra Grande Kite, onde passamos o dia nos deliciando com aperitivos, caldo de peixe e caldo de marisco, etc. além de assistir os kitesurfistas fazendo seus treinos na praia. Com uma pipa presa à cintura, o praticante fica em cima da prancha, sobre a água, impulsionada pelo vento. É, realmente, um belo espetáculo! A pousada BGK, uma das mais procuradas pelos turistas é de propriedade de um médico de Parnaíba, Dr. Ariosto, apaixonado pelo local.

A BGK possui 09 chalés, com chuveiro elétrico, ar condicionado. Barra Grande Kite Camp é uma pousada rústica construída com materiais naturais típicos da região e localizada na beira da praia, sob a sombra de um imenso bosque de coqueiros. Os seus cômodos são distribuídos de maneira que provoca total integração entre os velejadores. O serviço de hotelaria inclui as três principais refeições do dia: o café da manhã a base de sucos naturais e frutas, o almoço e jantar a base de frutos do mar. Além destes serviços contamos ainda com:

- caddies para montagem, decolagem e pouso de kites;
- reparos de equipamentos;
- kiteschool(básico,intermediário e avançado)com instrutores credenciados IKO;
- apoio com lanches nos picos mais distantes;
- traslados offroad nos downwinders de longa distância;
- sessão de filmes de kitesurf ;
- assistência médica;

Almoço no Hotel Pousada do Muálem

O almoço havia sido programado para a Pousada do Muálem, logo na entrada da Barra Grande. A pousada de propriedade do Sr. Nodgi Muálem de Moraes que é a pioneiro naquela praia com mais de duas décadas de atividades. Ali foi servida uma peixada de pescada amarela ao molho de camarão. É, sem medo de errar, a melhor peixada daquela praia, vale à pena conhecer!

A Pousada do Muálem possui 10 chalés com  banheiro privativo, cama de casal e de solteiro,  TV, ar condicionado, ventilador. Ótima localização a cinqüenta metros da praia,  e próxima do mangue exuberante, onde o turista vivencia pescaria de canoa,  visão do cavalo marinho em seu habitat, caranguejos nas tocas, sem agressão à natureza. O restaurante fica no centro de Barra Grande e é aberto ao público durante todos os dias da semana.

Avistamento do Peixe-Boi-Marinho

Ele é grande, roliço e pesado. Um animal adulto pode chegar a meia tonelada. O Peixe-Boi Marinho ocorre da costa dos Estados Unidos ao litoral do nordeste brasileiro. No Estado do Piauí, pode ser observado, no estuário do Rio Timonhas, no município de Cajueiro da Praia. Lá, uma estação observatória controlada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente - Ibama faz o monitoramento dos bichos.

Neste período do ano, quem visita as praias de Barrinha e Barra Grande, no Cajueiro da Praia, pode ter a sorte de encontrar um Peixe-Boi Marinho próximo à orla. O avistamento não é muito comum, mas possível. Como é uma espécie em extinção o número de exemplares, ainda muito pequeno. Dos cerca de 500 animais existentes na costa brasileira, pouco mais de 20 vivem no litoral do Piauí.

Há quase duas décadas a pesca ao Peixe-Boi foi abolida pelos pescadores do Cajueiro da Praia, “o que justifica a ocorrência da espécie na área”. Isso, “associada à grande fartura do capim agulha, dieta preferida desses herbívoros”, que já se tornaram o principal símbolo do município.

É possível até comprar uma réplica de pelúcia. O animalzinho é muito apreciado pela garotada e casais de namorados. No Projeto Peixe-Boi criado para garantir a preservação dos bichos já nasceram quatro filhotes. Mas, o avistamento só é possível mesmo a partir da torre de observação na barra do Rio Timonhas.

Rota ecológica do cavalo marinho

O litoral do Piauí, além das belas e ensolaradas praias, das dunas de areias brancas, pode oferecer roteiros especiais que fazem um mix de aventura e descanso e pode fazer das suas férias um momento único e inesquecível. O passeio para avistamento do Cavalo Marinho (hippocamppus) é feito de barco a remo em aproximadamente 30 minutos e depende da maré. Começa com uma descida de 40' pelo rio Camboa, braço do Camurupim, passa por vegetação de mangue com raízes aéreas. Na ilha, o cavalo-marinho é coletado num pequeno aquário, sem contato manual. A volta pode ser caminhando pela praia. A espécie, que está ameaçada de extinção, encontrou nas águas piauienses um bom local de morada.

Edição: Jornal da Parnaíba

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