Ditalpi - Parnaíba. A programação científica da XVIII Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água prosseguiu com intensidade na tarde dessa quarta-feira (11), no Rio Poty Hotel, com a apresentação de trabalhos em quatro sessões técnicas simultâneas.
O professor de Engenharia Agrícola e Solos do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Piauí, Max César de Araújo, foi o mediador de uma das sessões com o tema “Relação Solo-Máquina no Manejo e Conservação do Solo e da Água”, o professor que tem doutorado em Engenharia Agrícola, falou da utilização de máquinas nas lavouras. Ele explicou que muitas vezes acontece o uso de maquinário sem o treinamento adequado da mão-de-obra. “No sul do Estado do Piauí a gente verifica a falta de treinamento dos operadores de máquinas agrícolas e o uso inadequado desse maquinário é uma das coisas que mais degrada o solo. O Governo do Estado entregou recentemente tratores às comunidades, mas não adianta nada entregar essas máquinas e os produtores não saberem operar”, falou.
Um dos trabalhos apresentados foi o de Iêde de Brito Chaves, que é bolsista doInstituto Nacional do Semi-Árido, em Campina Grande na Paraíba, com o tema “Classificação de terras para mecanização agrícola e sua aplicação para o Estado da Paraíba”, ele explicou que o manejo inadequado do solo juntamente com a mecanização gera erosão, degradação e desertificação do solo e que o grande produtor muitas vezes não se preocupa em fazer um planejamento conservacionista. “É muito difícil colocar em prática o manuseio adequado do solo, pois os produtores, na maioria das vezes, só se preocupam em ver sua terra plantada gerando lucros”, disse.
Outro trabalho selecionado para ser apresentado na tarde dessa quarta-feira foi o da mestranda pela Universidade de Santa Maria – Rio Grande do Sul, Marta Sandra, com o tema “Efeito da escarificação do solo e de mecanismos rompedores de solo utilizados em semeadoras sobre atributos físicos do solo em sistema de plantio”.
Segundo ela o trabalho foi feito na região noroeste do Rio Grande do Sul e visa avaliar a durabilidade de escrificação do solo. Ela buscou subsídios em experimento realizado pela Embrapa Trigo por um longo período de duração. E segundo os estudos realizados a mestranda observou que a intervenção em solo manejado por plantio direto consolidado mediante a escarificação tem potencial efêmero. A escarificação não altera de forma definitiva a porosidade e a densidade do solo, o processo tem que ser constantemente refeito, em média de dois anos.
“No Rio Grande do Sul os produtores têm o hábito de fazerem revolvimentos periódicos e o que a gente observa é que em mais ou menos dois anos as raízes não conseguem fazer um aproveitamento total do solo”, explicou. De acordo com ela o que eles propõe é a utilização de semiadoras, pois com isso não seria necessário fazer esse revolvimento periódico e as raízes conseguem buscar os nutrientes necessário no solo para o desenvolvimento saudável da plantação.
O evento segue até dia 12 com mais palestras e sessões técnicas. E no dia 13, encerra com uma excursão técnica aos Tabuleiros Litorâneos em Parnaíba, litoral piauiense.
Por: Ascom.
Foto: Proparnaiba.com
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