O governo federal está preocupado com o crescimento de estrangeiros adquirindo terras brasileiras. Para se ter uma idéia de como está o interesse, as terras piauienses na região do Sul do Estado, valorizaram 70% e as do litoral estão sendo vendidas para empreendimentos turísticos e só não são mais comercializadas por conta da falta de infraestrutura na região. Por esse motivo o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva colocou a Agência Brasileiro de Inteligência (ABIN) para investigar a questão.
O grande volume de compras de terras piauienses por estrangeiros chamou a atenção do governo federal. Os principais negócios nesse ramo são feitos nos cerrados e no litoral. A Abin está investigando os negócios.
Segundo dados compilados do governo federal, o Piauí é um dos estados no Brasil que mais recebem investimentos externos. As informações constam de relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e chegou ao conhecimento do presidente Lula. A idéia do governo é restringir a compra de terras a estrangeiros, até porque muitas dessas propriedades são postas em nome de laranjas, em pleno território nacional.
Quando do lançamento do Plano Safra 2010/2011, Lula foi taxativo em seu posicionamento. “Uma coisa é comprar uma usina, comprar uma fábrica; outra coisa é comprar terra. Daqui a pouco vamos ficar com um território diminuto”, falou.
Recentemente um grupo de trabalho do Ministério Público Federal (MPF) realizou estudo sobre o assunto. Um dos procuradores que fizeram parte do grupo, Marco Antônio Almeida, chamou a nova demanda de “neocolonialismo”.
“Na verdade, há hoje em curso, mundialmente, uma coisa chamada neocolonialismo. Não é uma questão ideológica, é uma questão fática. A China está comprando terras na África e no Brasil. Já há uma previsão de compra de 200 mil hectares no Mapito (região que engloba as porções mais pobres do Maranhão, Piauí e Tocantins). Isso é nocivo. Vai haver problemas relativos a preços. Por que a China quer terra para plantar soja? É porque ela não quer mais pagar os preços da soja que importa”, falou quando da divulgação do estudo.
Um grupo estrangeiro que está de olho nas terras piauienses, dentre muitos outros, é o chinês Pallas International, formado por investidores privados, em parceria com o governo da China, e que também atual no ramo de bioenergia.
Edição do Jornal da Parnaíba com informações do Portal AZ
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