“Concedei-nos o convívio dos eleitos!”
“E a todos nós pecadores, que confiamos na vossa
imensa misericórdia, concedei, não por nossos méritos, mas
por vossa bondade, o convívio dos Apóstolos e Mártires:
João Batista e Estevão, Matias e Barnabé (...) e todos os
vossos santos. Por Cristo, Senhor nosso “(santa missa católica).
Uma grande corrida sucessória produz efeitos variados. Estamos regidos por
inúmeras forças, porém parece ser a mais poderosa delas composta de poder e
dos efeitos materiais que ele produz. O país inicia o ano respirando
calamidades e consumindo política. Um grande frenesi enche os meios de
comunicações de indagações e contra-informações. Quem disputa o que e quem
fica aliado de quem. Quais as chances que cada um possui de ser eleito. Mas
que diferença isto faz? Parece que muda muito em nossas vidas. Há sempre um
grande sentimento de mudança e renovação. O mundo humano procura está entre
os melhores. Mas quem são estes melhores? O nosso espaço material repleto de
poder e até vingança, onde ganhar comunga com o maior prazer da vida e nos é
atrativo. Na corrida da vida somos eleitos todos os dias, pois estamos
constantemente sendo votados. Quando seremos eleitos verdadeiros seres
humanos? Ou minha ignorância não me permite entender o conceito de ser
humano? Parece-me que executamos coisas diferentes do que pensamos ou
defendemos que os outros façam. "Não roubarás"(Dt 5,19). "Nem os ladrões,
nem os avarentos... nem os injuriosos herdarão o Reino de Deus"(1Cor 6,10).
Como o nosso mundo está se comportando neste item. Porque necessitamos de
tanto, ou seja, além do que Deus nos dá? “Honra teu pai e tua mãe, para que
sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra" (Ef 6,1-3). Como está sua
família em relação a fé e o amor? Os eleitos parecem bem preocupados com a
sucessão eleitoral e preparam seus filhos para disputas nas urnas. E como
preparamos para sucessão espiritual? Como está o voto dos nossos pais e
filhos na eleição do respeito mútuo? Não acho que o apocalipse dos valores
esteja em plena vigor. Uma busca de melhor entendimento dessa dinâmica me
causa alguns questionamentos não bem claros. No nosso mundo estamos prontos
para sermos eleitos? Votamos em quem, se questionamos a todos? Como nos
comportamos diante de nossos maiores interesses? Não é de aguardamos o
momento de ficarmos no convívio dos eleitos. O desejo de sentarmos junto ao
todo poderoso já data de nossa própria existência. Até mesmo no juízo final
há uma vontade de separar os eleitos dos excluídos. É um grande desafio
sabermos conviver com aqueles escolhidos pelo homem. Como será conviver com
aqueles escolhidos por Deus? Será que não seria tudo a mesma coisa? Se somos
a imagem e semelhança, segunda as escrituras? No fundo somos todos eleitos a
conviver neste controverso e conflitante mundo. Palco de nossa imaginação e
fruto de nossas ações. Nosso singelo habitat eleito pelo todo poderoso está
repleto de força regida pelo próprio poder dos homens. Entretanto não nos
coube a tarefa do início, também não nos caberá trazer seu fim.
JOSÉ OSVALDO ( médico ortopedista de Parnaíba-pi)
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