Turismo
Projeto sobre roteiros integrados atinge 71 cidades
Desenvolver roteiros turísticos que abrangem mais de uma unidade da Federação, baseado na cooperação, associativismo, inclusão social e trabalho em redes, foi o principal objetivo do projeto ‘Rede de Cooperação Técnica para Roteirização’, uma realização do Sebrae e Ministério do Turismo (Mtur), cuja gestão foi executada pelo Instituto Marca Brasil (IMB).
A segunda edição do projeto foi encerrada terça-feira (9), durante o VI Encontro Nacional Rede de Cooperação para Roteirização, realizado na sede do Sebrae, em Brasília.
Empresários, representantes e técnicos do Sebrae, Mtur, IMB, Braztoa, secretarias estaduais e municipais de turismo envolvidas no projeto estavam presentes. A segunda edição foi desenvolvida nos anos de 2008 e 2009, durante a qual foram desenvolvido s cinco novos roteiros integrados: Civilização do Açúcar (PE/AL/PB); Sudeste Recebe (MG/SP/RJ); Travessia do Pantanal (MT/MS); Rota 174 (AM/RR); e Aparados da Serra e Serra Catarinense (RS/SC). A segunda geração de novos produtos de turismo envolveu 71 municípios e 13 estados.
A primeira edição, ocorrida no período entre 2004 e 2006, gerou os cinco primeiros roteiros integrados do País: Estrada Real (Sudeste); Rota das Emoções (Ceará/Maranhão/Piauí); Planalto Central/Chapada dos Veadeiros (Distrito Federal/Goiás); Missões (Sul); e Caminhos de Chico Mendes (AC).
“Os resultados foram excelentes. Os cinco novos produtos estão prontos para serem lançados. Alguns deles, inclusive, já estão sendo operados”, afirma Dival Schmidt, coordenador nacional da carteira de projetos do setor de turismo do Sebrae. O propósito do projeto foi contribuir para o desenvolvimento do turismo nacional, segundo Dival. “Agora, as ações têm que ser protagonizadas pelos atores do turismo, dentro de seus territórios”, ressalta.
Os dez roteiros integrado, frutos do projeto ‘Rede de Cooperação Técnica para Roteirização’, continuarão a ser monitorados pelo Mtur e unidades do Sebrae nas regiões e cidades dos destinos. Sub-roteiros dos produtos integrados também estão sendo procurados pelos turistas, já que nem todos têm disponibilidade de realizar o roteiro inteiro.
As metodologias desenvolvidas para o desenho e implantação de roteiros integrados poderão ser aplicadas na criação de novos produtos de turismo. “Agora, o setor conta com essas ferramentas, que antes não existiam”, observa Dival.
“Na primeira edição do projeto, houve muita dificuldade para integrar ações entre os estados. Foi a primeira vez que foi realizado esse tipo de iniciativa no País, ou seja, construir roteiros que envolviam a interação entre secretarias estaduais e municipais de turismo e instituições parceiras”, avalia Márcia Lemos, gerente de projetos do IMB. O objetivo de formar a Rede de Cooperação para Roteirização foi atingida mais facilmente na segunda edição, informa.
"A oportunidade de desenvolver um projeto de forma integrada com outros estados da região Nordeste ampliou a visão tanto do setor público quanto do setor privado, enriquecendo o produto turístico, a visibilidade dos destinos e a redução do sentimento de competição e do ganho individualizado”, declara Ceci Amorin, diretora da estruturação de turismo da Empetur (Empresa de Turismo do Estado de Pernambuco).
Por questões culturais o envolvimento do empresariado, em alguns estados, ainda não atingiu o nível desejado, mas o produto ganhou destaque na mídia e operadoras já o comercializam, e a procura pelo roteiro completo ou segmentado cresce, segundo ela, se referindo ao roteiro Civilização do Açúcar.
No caso específico da Região Nordeste, o projeto contribuiu para a interiorização da atividade turística.
A aplicação do conceito de ‘produção associada’ é outro princípio que diferenciou o projeto ‘Rede de Cooperação Técnica para Roteirização’, ao agregar valor aos diversos produtos locais dos destinos envolvidos nos roteiros. “Raramente as operadoras de viagem e turismo tinham visão da importância do turismo para os produtos desenvolvidos nas cidades e regiões, que integram os roteiros”, explica a gerente do IMB. Dados e estatísticas dos novo cinco produtos do projeto começarão a ser gerados, a partir dos próximos meses, informa.
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