Biólogos, agentes do IBAMA e voluntários do grupo Tartarugas do Delta passaram todo o domingo, dia 10, na praia do Maramar
Pescadores e nativos antes da chegada dos ecologistas tentaram devolver a fêmea de pouco mais de um metro ao mar, porém sem sucesso. Testemunhas acreditam que a tartaruga pode ter sido vítima de redes de pesca.
O animal classificado no Brasil pelo IBAMA em situação vulnerável e no mundo com o status de “Em Perigo” estava muito cansado e quase sem movimento. “Ao chegarmos percebemos que a tartaruga havia apresentado sinais de afogamento, já que sua respiração é na superfície e a mesma estava com dificuldades de subir para buscar oxigênio”, declarou a bióloga Werlanne Santana. A ecologista disse ainda que existe a possibilidade da aruanã estar em período de desova o que justificaria tal nível de stress: “está é a época em que esta e outras espécies escolhem o litoral do Piauí para enterrar seus ovos na praia. Nativos e turistas precisam estar atentos para que os índices de mortalidade não aumentem já que neste período tanto a mãe quantos os ovos e posteriormente os filhotes ficam bastante vulneráveis”, revelou Werlanne.
No final da tarde, depois da aruanã de cerca de 30 anos de idade se apresentar parcialmente recuperada do esforço foi feita mais uma tentativa de colocá-la no mar, porém sem sucesso. O animal foi retirado mais uma vez da água e os biólogos vão se revezar no monitoramento até que a tartaruga tenha plenas condições de voltar ao seu habitat.
Informações sobre a Chelonia mydas:
Distribuição: todos os mares temperados e tropicais do mundo
Habitat: habitualmente em águas costeiras com muita vegetação (áreas de forrageio), ilhas ou baías onde estão protegidas, sendo raramente avistadas em alto-mar
Tamanho: em média 120 cm de comprimento curvilíneo de carapaça
Peso: 160 kg em média, podendo atingir até 300 kg
Casco (carapaça): quatro placas laterais de cor verde ou verde-acinzentado escuro
Casco (carapaça): quatro placas laterais de cor verde ou verde-acinzentado escuro
Cabeça: cabeça pequena com um único par de escamas pré-orbitais e uma mandíbula serrilhada que facilita a alimentação
Nadadeiras: anteriores/dianteiras e posteriores/traseiras com uma unha visível
Dieta: varia consideravelmente durante o ciclo de vida: até atingirem 30 cm de comprimento, alimentam-se essencialmente de crustáceos, insetos aquáticos, ervas marinhas e algas; acima de 30 cm , comem principalmente algas; é a única tartaruga marinha que é estritamente herbívora em sua fase adulta.
Texto e Fotos: Francisco Brandão
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