sexta-feira, 4 de setembro de 2009



04/09/2009
Ecocity Brasil

Ibama indefere mega projeto que grupo espanhol projetou para litoral do Piauí






O Ibama indeferiu o estudo de impacto ambiental do projeto Ecocity Brasil que um grupo espanhol quer implantar na Ilha Grande de Santa Izabel, no litoral do Piauí, com a construção de um resort.

Ao dar a informação por meio de ofício ao superintendente regional do Ibama, Romildo Mafra (foto), o diretor de liciciamento ambiental do órgão, Sebastiao Custódio Pires, revelou que os estudos do grupo espanol são infusificientes tanto no que se refere ao diagnóstico ambiental, quanto a avaliação dos impactos a serem produzidos.

Sebastião Pires informa, também, que se o grupo estiver interessado em dar continuidade à obtenção da licença ambiental na mesma área, terá que elaborar um novo estudo.

Leia o que já se disse sobre o projeto da Eco-City (fonte: Secretaria de Turismo)

O litoral piauiense ganhará um complexo turístico que pretende elevar Ilha Grande de Santa Isabel à condição de capital mundial do turismo ecológico, gerando oportunidade de emprego, renda, conhecimentos tecnológicos e ambientais para a região. A Ecocity Brasil, empreendimento turístico formado por investidores da rede do turismo internacional, foi totalmente estruturado a partir do conceito da sustentabilidade e a sua instalação na Costa do litoral do Piauí está fundamentada em atrativos como o clima da região, a biodiversidade das suas paisagens (praias, mangues, lagoas, dunas).

A distância estratégica da Costa do litoral do Piauí para os principais destinos do mundo foi muito importante para a decisão de instalar a Ecocity Brasil na Ilha Grande de Santa Isabel. Com a abertura do Aeroporto Internacional de Parnaíba as distâncias são as seguintes: de Nova Iorque, 6 horas; Los Angeles, 8 horas; Miami, 5 horas; México, 6 horas; Rio de Janeiro, 3 horas; Barcelona, 7 horas; Madri, 7 horas; Paris, 8 horas; Londres, 7 horas; Roma, 8 horas; Pequim, 11 horas; Tókio, 12 horas e Portugal, 6 horas.

O empreendimento Ecocity Brasil - guiado pelos requisitos da Certificação ISO 14.001 - está concebido como um complexo turístico especial, tendo como motivação principal os atributos ecológicos da área onde se instalará. É assim que a World Ecologic Center Projetos Turísticos e Ecológicos S/A prever o empreendimento Ecocity Brasil, para transformar a cidade de Ilha Grande, litoral do Estado do Piauí, na CAPITAL MUNDIAL DO TURISMO ECOLÓGICO.

Há cerca de um ano e meio, mais de 100 técnicos piauienses das mais variadas áreas trabalham na concepção do projeto da Ecocity que está baseado nos princípios do urbanismo bio-climático, ecológico e sustentável, que reduzem os impactos negativos e o esgotamento dos recursos, respeitando a biodiversidade e preservando os ciclos vitais e a saúde do ecossistema. No Master Plan do empreendimento está definida a implantação de resorts, campos de golfes, núcleo tecnológico e ambiental e uma zona especial de interesse social voltada para a comunidade local. O inicio das obras de instalação da Ecocity Brasil, no entanto, como todo projeto deste porte, aguarda ainda as autorizações ambientais que serão emitidas pelos órgãos competentes.

O projeto contará com investimentos em infra e em supra-estruturas. O primeiro caso tratando de edificações com finalidades diversas, desde os equipamentos de turismo propriamente ditos (hotéis, centros comerciais, resorts, auditórios, espaços para esportes e lazer, campos de golfe, etc.) até os sistemas infra-estruturais urbanos (vias, comunicações, saneamento, energias alternativas, coleta e destino do lixo, arborização, etc.). Quanto às supra-estruturas, será dada especial atenção às capacidades sociais e humanas, de modo que se efetivem todos os serviços necessários que proporcionem uma convivência social de elevado padrão, com o usufruto das qualidades ambientais em condições de conforto e segurança, para moradores, visitantes e usuários.

A idéia central é, justamente, aliar-se a todas as iniciativas preservacionistas para que a natureza intacta seja o valor a animar o sucesso do empreendimento, aliado ao desenvolvimento sustentável. A Ecocity vai desenvolver ainda um programa de recuperação de Matas Ciliares para proteção das margens dos rios e igarapés contra erosão, bem como recuperação do ecossistema. No mesmo nível, também será executado um Programa de Fixação de Dunas para controlar e minimizar efeitos negativos de seus avanços. Por fim, será viabilizado um projeto ousado de recuperação de todas as áreas degradadas para a consolidação da preservação ambiental em alguns pontos ora ameaçados.

Será ainda desenvolvido um projeto especial de estruturação de um novo perfil sócio-econômico da população da região para erradicar de vez índices como a baixa expectativa de vida, que indica a idade de 56 anos para a população de Ilha Grande, assim com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que coloca a cidade na 161º posição entre os municípios piauienses e a baixa renda per capita e domiciliar. Tão alarmante também é a dependência da população local, onde 64%, vive dos programas de transferência de renda do Governo.

Em sintonia com os Planos Diretores Participativos dos municípios, o planejamento da Ecocity Brasil prevê a ocupação de áreas especificas para usos particulares, tais como: zonas residenciais, zonas de hotelaria, zona de golfe e de lazer, zonas de serviços, zona de pesquisa em tecnologia limpa, zona de apoio à gastronomia e às atividades culturais dos municípios.

Segundo o arquiteto piauiense Júlio Medeiros, coordenador técnico do projeto, a instalação da Ecocity Brasil pretende melhorar o turismo local e promover a inclusão social através da geração de emprego e renda. Com a implantação da primeira etapa será colocado em funcionamento o Hotel Escola, que vai qualificar a população de Ilha Grande e de Parnaíba.

Júlio Medeiros revela ainda a preocupação na concepção do projeto com a utilização de uma arquitetura que se integre à paisagem com a utilização de materiais ecológicos e tecnologias que ofereçam o menor impacto ao meio ambiente como fontes de energias alternativas, reaproveitamento de água e tratamento de resíduos sólidos. “A Ecocity assume o compromisso com o novo discurso da arquitetura contemporânea que insere no seu contexto estudos e pesquisas em tecnologia ambiental”, explica o arquiteto.

Para o apoio na elaboração do projeto da Ecocity Brasil foi contratada uma empresa de consultoria técnica, que fez o estudo relacionado aos impactos ambientais do empreendimento, orientando na adoção de medidas para evitá-los ou minimizá-los. “O nosso projeto está baseado nos termos de referência das leis ambientais e foi discutido e fundamentado na concepção de sustentabilidade”, diz o consultor responsável pelo estudo, José Wilson de Sousa.


O empreendimento Ecocity Brasil se fundamenta em cinco pontos importantes:

1º - A sua concepção é absolutamente dependente da conservação da natureza e da preservação do meio ambiente;

2º Baseado na sustentabilidade, o empreendimento se justifica por criar possibilidades de inserção socioeconômica das populações locais, através da inclusão digital, estudos de línguas e capacitação de mão de obra para a operação dos programas e atividades vinculados à indústria do Turismo; criando assim empregos, diretos e indiretos, para a implantação e operação dos empreendimentos – num TOTAL DE 35 MIL EMPREGOS, AO LONGO DOS 30 ANOS e 2.800 somente na primeira etapa;

3º - A compatibilidade das suas propostas com as diretrizes e exigências do ordenamento territorial contidas nos Planos Diretores Participativos e nas Leis de parcelamento, uso e ocupação do solo dos municípios de Ilha Grande e Parnaíba. A propósito, a Ecocity Brasil adotará “taxa de ocupação do terreno”, “índice de aproveitamento de áreas” e “gabarito construtivo” dentro dos parâmetros dos Zoneamentos, ocupando apenas 600 hectares em área construída ao longo dos 30 anos de sua implantação.

4º Valorizar e aprimorar as características locais, como as tradições populares, o artesanato e a culinária. Matérias-prima locais receberão tratamento diferenciado, inclusive com a realização de pesquisas para potencializá-las e otimizar sua utilização, seja na preparação de alimentos requintados, seja na confecção de vestuário, mobiliário e habitação integrados ao contexto.

5º - A Ecocity Brasil justifica-se ainda por propor arrojado investimento de criar toda uma cadeia produtiva que potencializa Planos e Programas governamentais com o propósito de viabilizar ações estruturantes para o turismo. É o caso do PRODETUR-NE, que aposta no aproveitamento das potencialidades do litoral do Piauí, como o Aeroporto Internacional de Parnaíba e as revitalizações do Porto das Barcas e do Porto dos Tatus, numa perspectiva de integração regional para o atendimento de demandas capazes de aportar divisas. Enfim, a economia da região será dinamizada e consolidada através da cadeia produtiva do Turismo.

OPORTUNIDADE

Acreditar no desenvolvimento do Turismo como gerador de emprego e renda, contribuindo para a inclusão social das comunidades onde empreendimentos turísticos são implantados é umas das características dos investidores da Ecocity Brasil. Esse desenvolvimento é visto de forma planejada e ordenada, não transformando áreas imensas em paraísos visuais, sem infra-estrutura e qualidade de serviços que não sejam aqueles apresentados aos clientes e que ignorem todo o contexto existente nos municípios que, além de possuírem potencial turístico, possuem um potencial cultural.

O Brasil, em especial o litoral nordestino, é o grande foco de investimentos da rede de turismo internacional. O território brasileiro oferece ao turista estrangeiro uma diversidade cultural e ambiental que chegam a formar no “imaginário internacional” uma visão cenográfica, composta por cores exuberantes, por fortes sabores, por aromas agradáveis e por tudo o que forma o já conhecido carisma deste país.

O crescimento do turismo no Brasil gerou um mercado que hoje emprega uma média 10 milhões de pessoas e o litoral piauiense, mesmo com sua pequena extensão, tem sido um forte atrativo do mercado nacional e internacional por possuir uma rica variedade de paisagens naturais. Esta é uma oportunidade que está sendo conduzida de forma a utilizarmos toda esta riqueza natural, e também cultural, como o principal atrativo de empreendimento.

Edição: José Wilson Fonte: portalaz

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